Ivair Félix começou a sua trajetória aos 14 anos, como copeiro em uma época em que o homem não era muito aceito na cozinha. Mas, mesmo assim, ele foi para Águas de São Pedro (SP), onde cursou a Faculdade de Gastronomia.
Em meados dos anos 80 para 90, alguns chefs franceses, como Laurent e Emmanuel Bassoleil, vieram para o Brasil, e foi aí que a visão de um chef de cozinha começou a mudar. Eles usavam produtos nacionais e importados, e implementaram algumas normas na cozinha, como mudança da tábua de madeira.
Saindo da faculdade, Ivair Félix foi convidado para trabalhar como cozinheiro em uma casa de shows muito tradicional em São Paulo, chamada Palladium. Depois, trabalhou como chef do Garde Manger, no clube Sociedade Hípica Paulista, onde trabalhou diretamente com famílias tradicionais, como Diniz e Setúbal. Passou pelo restaurante italiano Latam Buile, na Avenida Angélica, em São Paulo.
Trabalhou no Hotel Deville de Curitiba, Maringá e São Paulo. Depois foi para o Aeroporto internacional de Guarulhos (Cumbica), onde recepcionou grandes autoridades como o ex-presidente norte-americano George Bush. Fez a inauguração do primeiro hotel da rede Blue Tree, no Brooklin, em São Paulo. Foi convidado para inaugurar um resort chamado Rancho Silvestre, em Embu das Artes (SP), onde eram realizadas grandes convenções e onde se hospedava a Seleção Brasileira de Futebol. Nesse mesmo hotel, em 2014, ele teve o privilégio de ser o chef responsável pela Seleção da Bélgica no Brasil, que foi um dos seus maiores desafios. Depois, ficou um tempo no interior de São Paulo e foi para o Hotel Blue Tree, em Alphaville.
Passou pelo hotel Lummina, em Barueri, e na fábrica da Nestlé. O Chef Ivair também é responsável pelas receitas no Festival de Sopa do CEAGESP. Em 1992, esteve em Aparecida para inaugurar o Centro de Apoio ao Romeiro. Agora, trabalha como chef de cozinha no Hotel Rainha do Brasil e na Pizzaria Tutti i Santi, em Aparecida, onde pretende se aposentar. Pois aqui ele se sente acolhido e acolhe pessoas, o que, para ele, está sendo uma grande experiência.
Ele fala também que, para trabalhar como chef, é preciso gostar de pessoas, além de passar por todas as etapas de uma cozinha. “Você precisa saber desde como lavar uma panela como ter a responsabilidade de entregar um trabalho com qualidade. Ser chef é saber liderar e motivar seus funcionários. E estar preparado para receber todos os tipos de pessoas, pois cada dia você recebe pessoas diferentes, cada uma com suas restrições alimentares”.
Seu maior tempo de casa foi de nove anos, pois ele queria andar e conhecer outras culturas e tipos de serviços. Hoje, o Brasil dentro da gastronomia é um dos países mais organizados na parte de ANVISA: hoje, as tábuas são de polietileno, segundo as implementações da ISO 9012.